BRASIL E CHINA AMPLIAM NEGÓCIOS

Novos acordos de cooperação bilateral foram selados durante a vista de Lula à China – Foto: Ricardo Stuckert / EBC

Acordos abrem novos mercados para produtos agropecuários brasileiros

 Edição AgroDF
13 maio 2025

O Brasil e a China assinaram três acordos bilaterais que consolidam a abertura de cinco novos mercados chineses para a exportação brasileira de carne de pato, carne de peru, miúdos de frango (coração, fígado e moela), grãos derivados da indústria do etanol de milho (DDG e DDGs) e farelo de amendoim.

Com as exportações que o Brasil já faz para a China, os novos mercados abertos podem gerar US$ 20 bilhões ao agronegócio brasileiro, segundo estimativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Os acordos foram assinados nesta terça-feira (13) em solenidade no Grande Palácio do Povo, em Pequim, onde o presidente chinês Xi Jinping recepcionou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que está em visita oficial àquele país.

Na mesma solenidade, o Ministério da Agricultura e a Administração-Geral de Aduanas da China assinaram Memorando de Entendimento para fortalecer políticas públicas sanitárias e fitossanitárias, visando proteger a saúde humana, animal e vegetal, além de aumentar a segurança dos alimentos comercializados entre os dois países.

Conquista histórica

Para o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, os acordos refletem as boas relações diplomáticas e comerciais entre os dois países. “Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil alcança uma conquista histórica com o maior número de aberturas de mercado para a China de uma única vez. Um reflexo da confiança mútua e da boa relação entre os dois países”, comemorou Fávaro, ao anunciar a assinatura dos acordos em sua rede social.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Luis Rua, destacou que os novos acordos representam “uma conquista histórica” para o Brasil, sendo a maior abertura de mercado em número de produtos.

“Foram cinco produtos abertos para o nosso agronegócio, que se somam aos pescados que foram abertos no fim de abril”, afirmou Rua. “Somados, é um impacto bastante grande, de cerca de US$ 20 bilhões, é o tamanho do mercado que abrimos agora”.

Balança comercial

A China é o maior parceiro comercial do Brasil. Com os novos acordos com os chineses, o agronegócio brasileiro alcança a 62ª abertura de mercado em 2025, totalizando 362 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023.

Em 2024, a China importou US$ 155 milhões de miúdos de frango, US$ 50 milhões de carne de peru, US$ 1,4 milhão de carne de pato, mais de US$ 66 milhões em DDG e DDGS e US$ 18 milhões em farelo de amendoim, segundo dados da aduana chinesa.

Apenas com a abertura das três proteínas de carne, o Brasil pode ter uma receita cambial de R$ 1 bilhão, segundo estimativa do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

Com informações do Ministério da Agricultura
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