DF GANHA CÂMARA DO CAFÉ

Em 2024, 100 cafeicultores produziram 26 mil sacas de café no Distrito Federal - Foto: Marcelo Camargo/Agência Bras

Brasília também quer ser referência nacional em cafeicultura de qualidade

 Edição AgroDF
15 maio 2025

A produção brasiliense de café foi fortalecida com a criação da Câmara Setorial da Cadeia da Cafeicultura no Distrito Federal (CS-CAFE/DF), instituída por meio da Portaria 169, publicada no Diário Oficial do DF desta quarta-feira (14). O próximo passo do setor é conquistar o selo Indicação Geográfica (IG), homologado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que colocará o DF como referência do país em café diferenciado por seu sabor e qualidade.

Alinhada ao modelo das câmaras setoriais do Ministério da Agricultura (Mapa), o novo órgão consultivo funcionará como um fórum permanente de articulação entre o poder público e a iniciativa privada, promovendo o diálogo entre os diferentes elos da cadeia produtiva para fortalecer o café do DF como produto de identidade regional.

Para isso, poderá promover debates, acompanhar ações e propor políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da cafeicultura no DF e região do Entorno. Tem ainda a atribuição de organizar o setor, integrar informações técnicas, propor ações de capacitação, apoiar a inovação na produção e fomentar mercados especializados e de exportação do café.

Regimento interno

A Câmara do Café está vinculada à Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri). Em até 90 dias, a Seagri irá apresentar o regimento interno da CS, cuja presidência será eleita pelos próprios membros, com mandato de um ano, renovável.

A nova Câmara contará com titulares e suplentes representantes de órgãos como a Seagri, a Emater, o Serviço Nacional de Aprendizagem, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e o Sebrae. Os setores produtivo e industrial serão representados pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o coletivo Paranoá Cafés Especiais, a ELO Rural e pequenas empresas de torrefação do DF.

O secretário de Agricultura, Rafael Bueno, explicou que a criação da Câmara Setorial se deve ao atual momento de expansão e valorização da cafeicultura brasiliense, que vem crescendo em número de produtores e da área cultivada. “Estamos trabalhando para consolidar o Distrito Federal como referência nacional em cafés especiais, aproveitando nossas condições únicas de clima e altitude”, afirmou Bueno.

Indicação Geográfica

Esse trabalho também mira na conquista do selo Indicação Geográfica (IG), emitido pelo INPI.  O selo identifica a origem geográfica de um produto ou serviço, reconhecendo a reputação e as características únicas que a sua origem geográfica lhe confere.

Quando uma localidade recebe o IG, ela passa a ter uma identificação que relaciona a qualidade do produto ao território onde ele é produzido. Assim, os consumidores podem associar o produto – no caso, o café – às tradições, à cultura, à qualidade daquele produto. Conquistando o selo, o DF será referência nacional em café diferenciado.

“O café cultivado no Distrito Federal é um orgulho para todos nós”, ressalta o subsecretário de Políticas Econômicas Agropecuárias da Seagri, Antônio Barreto. “Temos produtores dedicados, tecnologia no campo e agora um reconhecimento cada vez maior da qualidade dos nossos grãos”.

Safra brasiliense

A cafeicultura brasiliense tem apresentado bons resultados. Em 2024, 440 hectares foram cultivados por mais de 100 produtores. A produtividade também aumentou, chegando à média de 50 a 60 sacas por hectares, o dobro da média nacional (26 sacas).

No ano passado, a safra do café no DF chegou a 26,4 mil sacas de 60 quilos. A maior parte dessa produção foi colhida nos núcleos ruas de quatro cidades: Planaltina (Tabatinga), Paranoá (região do PAD-DF), Gama e São Sebastião.

Com informações da Seagri-DF

 

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