VEM AÍ 2º LEILÃO ECO INVEST

Serão recuperadas terras nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Meta é arrecadar R$ 11 bilhões para recuperar 1 milhão de hectares de terras degradadas

 Redação AgroDF
28 abril 2025

Com a expectativa de arrecadar R$ 11 bilhões para recuperar um milhão de hectares de terras degradadas nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal, o governo federal anunciou nesta segunda-feira (28), em São Paulo, o segundo leilão Eco Invest, que faz parte do Plano de Transformação Ecológica do Brasil.

O prazo para apresentação das propostas pelos bancos será de 45 dias, a contar da publicação de decreto regulamentado o leilão, o que deverá ocorrer ainda nesta semana. Segundo as regras, vencerão o leilão as instituições financeiras que oferecerem maior volume de capital privado. Haverá ainda um critério de desempate, que vai considerar a quantidade de hectares a serem recuperados.

Foi também lançado hoje o programa Caminho Verde Brasil, que objetiva recuperar 40 milhões de hectares ao longo de 10 anos. Atualmente, o Brasil tem 851 milhões de hectares ocupados por atividades agropecuárias, sendo 165 milhões para pastagens, das quais 82 milhões de hectares estão degradados.

O Ecoinvest

Criado no ano passado com o objetivo de incentivar investimentos em projetos sustentáveis no país por meio de captação de recursos externos, o Eco Invest trabalha com recursos públicos (com juros mais baixos) e privados.

No primeiro leilão, em outubro do ano passado, o governo aportou R$ 7 bilhões e arrecadou R$ 45,5 bilhões, ou seja, seis vezes e meia do que investiu, segundo o ministro da Fazenda. Naquele leilão, nove bancos foram contemplados.

Os recursos foram usados em projetos sustentáveis de mobilidade elétrica, habitação e infraestrutura verde. Foram ainda financiados projetos de SAF (combustível de aviação sustentável), economia circular, biocombustíveis, energia eólica e solar.

O governo não divulgou os valores exatos que pretende mobilizar neste segundo leilão, nem quanto pretende aportar para não atrapalhar a competição entre os bancos. Mas a expectativa é que os recursos mobilizados fiquem entre US$ 1 bilhão (R$5,59 bilhões) e US$ 2 bilhões (R$ 11,3 bilhões), abaixo do primeiro certame.

Como o custo de recuperação de áreas degradadas é elevado, a expectativa é de uma arrecadação menor em relação ao primeiro leilão, conforme Rogério Ceron, secretário do Tesouro. Ele lembrou que o segundo certame tem um arcabouço mais ambiental, enquanto o primeiro era mais amplo em temática. Já o novo edital está focado na recuperação de pastagens, inclusão com formação de cadeias produtivas, inclusive com pequenos e médios produtores.

Ceron informou ainda que para o bioma Amazônia haverá edital específico devido às peculiaridades amazônicas, já que há demanda muito forte do exterior para investir naquela região, especialmente por conta da COP30.

Com informações da Agência Brasil
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