PEQUENO PRODUTOR SOFRE

Agricultores familiares ocupam apenas 4% da área produtiva do Mato Grosso do Sul - Foto: Divulgação

Estudo inédito aonta as dificuldades da agricultura familiar no Mato Grosso do Sul

5 março 2025
Redação AgroDF

 O Mato Grosso do Sul conta com 71 mil propriedades rurais, das quais 41 mil pertencem a agricultores familiares, mas que ocupam apenas 4% da área produtiva do estado. Apesar da importância do setor na produção de alimentos e na geração de empregos no campo, esses pequenos agricultores enfrentam vários problemas para produzir, como falta de assistência técnica, dificuldades de acesso a crédito, infraestrutura precária e pouca participação nos programas governamentais de compra de alimentos agropecuários.

Estas são algumas das principais conclusões a que chegou o inédito Estudo Socioeconômico da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul, apresentado nesta quarta-feira (5) durante a reunião ordinária do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Agricultura Familiar (Cedraf/MS), no auditório da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer).

O levantamento foi elaborado em parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e a Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar (Seaf). O estudo traz um panorama detalhado da realidade da agricultura familiar sul-mato-grossenses, apontando desafios estruturais e oportunidades para o fortalecimento da produção familiar.

Dificuldades dos pequenos

A pesquisa apontou que os principais produtos cultivados pelos agricultores familiares são mandioca, milho e banana. Mas as dificuldades de comercialização e a falta de políticas públicas que ajudem a vender a produção, prejudicam o desenvolvimento do setor. Os pequenos produtores não conseguem, por exemplo, participar de programas governamentais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes, incluindo investimentos em infraestrutura rural, fortalecimento do cooperativismo e ampliação do acesso ao crédito e assistência técnica. Com essas ações, a agricultura familiar pode ganhar mais competitividade e contribuir ainda mais para o desenvolvimento sustentável do Estado, segundo aponta o levantamento.

Promessa de soluções

O estudo foi realizado em 2024. Apesar dos resultados, o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, vê avanços nas políticas públicas adotados pelo Governo do Estado para atender esses produtores. “Estamos avançando nas políticas públicas mais inclusivas”, garante. “Avançamos na questão de saúde, questão de escolaridade, na questão de comercialização para os produtos da agricultura familiar”.

Verruck ressalta que esse estudo “é um importante diagnóstico socioeconômico para que possamos trabalhar tanto política, social, de crédito, de assistência técnica através da Agraer, pesquisa através das nossas instituições”. Com base nesse estudo, o secretário assegura que “nós vamos direcionar recursos públicos e emendas parlamentares para que consigamos subir as grandes lacunas da agricultura familiar e, efetivamente, fazer com que possamos ampliar a renda dos produtores e melhorar a sua qualidade de vida”.

SAIBA MAIS
O estudo está disponível no link:
https://www.semadesc.ms.gov.br/panorama-da-agricultura-familiar/

Com informações da Agência de Notícias do MS
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