Para combater a gripe aviária, eventos avícolas ficam suspensos até 25 de agosto
Estão proibidos no Distrito Federal, por 60 dias, quaisquer eventos pecuários que envolvam a aglomeração de aves, como galinha, pato, marreco, ganso e pavão. A proibição foi determinada pela Portaria nº 227, publicada pelo Governo do Distrito Federal no Diário Oficial (DODF) desta sexta-feira (27).
A proibição, que se estende até 25 de agosto, visa reforçar as medidas sanitárias preventivas de combate à gripe aviária no DF. A determinação abrange eventos como exposições, feiras, encontros, torneios, leilões, campeonatos e mostras de aves nativas, exóticas, ornamentais e galinhas de raça pura, além de aves comerciais ou silvestres mantidas em cativeiro.
O principal público da medida são os criadores e produtores de aves de subsistência, como galinhas, patos e marrecos, que devem manter seus planteis em lugares apropriados. “Recomendamos que os criadores mantenham suas aves em ambientes protegidos, sem acesso a áreas externas abertas, para evitar o contato com aves migratórias de vida livre”, ressalta a subsecretária de Defesa Animal, Danielle Cristina. “A cooperação de todos é fundamental para o sucesso dessas ações preventivas”.
A medida visa não apenas reforçar o combate à propagação da gripe aviária no período de migração de aves, mas também preservar a avicultura do Distrito Federal, onde há grandes granjas comerciais, inúmeros criatórios para alimentação familiar e diversos criadores de espécies ornamentais e exóticas.
Flexibilidade
A decisão do GDF acompanha as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que por meio da Portaria nº 782, de 26 de março de 2025, estabeleceu normas de prevenção em todo o território nacional.
Mas apesar do rigor das medidas, a nova portaria do GDF permite que criadores brasilienses participem de eventos com aglomeração de aves fora do Distrito Federal, desde que os municípios de destino não apresentem focos ativos da gripe aviária.
O secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do DF, Rafael Bueno, justificou essa flexibilização da nova portaria: “Hoje, temos a tranquilidade de poder autorizar que esses animais participem de eventos em municípios que não apresentem foco de gripe. O ponto crucial é: caso esses animais estejam nesses municípios e seja detectado um caso de gripe aviária, aí sim, fica proibido o regresso desses animais ao DF”.
