INFLAÇÃO PERDE FORÇA

Com a queda do preço de alguns alimentos, a inflação desacelerou pelo quarto mês seguido - Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

Queda dos preços dos alimentos faz prévia do índice inflacionário fechar em 0,26 em junho

Edição AgroDF
26 junho 2025

Os preços dos alimentos estão caindo depois de nove meses seguidos em alta. É o que mostra a prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que em junho fechou em 0,26%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este resultado representa o quarto mês seguido de desaceleração, o que significa que a inflação está perdendo força. A deflação dos alimentos em junho é a primeira desde agosto de 2024, quando os preços tinham caído 0,80%. Desde então, foram nove meses de alta, tendo o pico sido atingido em dezembro (1,47%). Em maio, a elevação foi de 0,39%.

O resultado de junho também deixa o IPCA-15 abaixo do registrado no mesmo mês do ano passado (0,39%). No acumulado de 12 meses, o índice soma 5,27%.

Dos quatro principais impactos negativos no IPCA-15 de junho, três são subitens do grupo alimentação: tomate (-7,24%), ovo de galinha (6,95%), arroz (-3,44%). Já as frutas ficaram 2,47% mais baratas, mas subiram os preços da cebola (9,54%) e do café moído (2,86%).

Veja o comportamento do IPCA-15 desde fevereiro, quando foi apurado o maior índice do ano.

MÊSÍNDICE
Fevereiro1,23%
Março0,64%
Abril0,43%
Maio0,36%
Junho:0,26%

Alta e queda

O IBGE pesquisou nove grupos de produtos e serviços, dos quais sete apresentaram alta em junho. Além da alimentação, o outro grupamento com recuo nos preços foi educação (-0,02%). Entre os que tiveram alta, a maior pressão veio da habitação, que subiu 1,08%, representando impacto de 0,16% no IPCA-15. Veja o comportamento desses grupos em junho.

GRUPOÍNDICE
Habitação1,08%
Vestuário0,51%
Saúde e cuidados pessoais0,29%
Despesas pessoais0,19%
Artigos de residência0,11%
Transportes0,06%
Comunicação0,02%
Alimentação e bebidas-0,02%
Educação0,02%

Dentro do grupo habitação, o subitem energia elétrica residencial foi o que mais contribuiu para a inflação entre todos os 377 produtos e serviços pesquisados pelo IBGE.

A conta de luz nos lares ficou 3,29% mais cara (impacto de 0,13%) por causa da incorporação da bandeira tarifária vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na fatura a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, que passou a vigorar em junho.

A gasolina, subitem que tem o maior peso na cesta de preços apurada pelos pesquisadores, recuou 0,52%, tirando 0,03 pontos percentuais do IPCA-15. O grupo combustíveis como um todo recuou 0,69%. Veja o comportamento dos produtos desse grupo:

PRODUTO ÍNDICE
Óleo Diesel(-1,74%)
Etanol(-1,66%)
Gasolina(-0,52%)
Gás veicular(-0,33%)

 Os índices

O IPCA-15 tem basicamente a mesma metodologia do IPCA, a chamada inflação oficial, que serve de base para a política de meta de inflação do governo: 3% em 12 meses, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos.

A diferença está no período de coleta de preços e na abrangência geográfica. Na prévia, a pesquisa e feita e divulgada antes mesmo de acabar o mês de referência. Em relação à divulgação atual, o período de coleta foi de 16 de maio a 13 de junho.

Ambos os índices levam em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. Atualmente o valor do mínimo é R$ 1.518.

O IPCA-15 coleta preços em 11 localidades do país: as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. Já o IPCA abrange, 16 localidades, incluindo Aracaju (SE), Vitória (ES), Campo Grande (MS), Rio Branco (AC) e São Luís (MA).

O IPCA cheio de junho será divulgado em 10 de julho.

 Com informações da Agência Brasil
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