QUEIJO DE BRASÍLIA É PREMIADO

Os produtores brasilienses com os queijos premiados no 3º Mundial do Brasil - Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

Três produtores da Rota do Queijo ganham medalhas em concurso nacional

30 Abril 2024
Redação AgroDF
Com o queijo Brasília, a Cabríssima levou medalha de Ouro – Foto: Divulgação

Brasília produz muito mais do que leis, decretos e portarias. Produz também queijo de cabra. Produtos tão bons que tiveram o sabor e a qualidade reconhecidos no 3º Mundial do Queijo do Brasil, realizado em São Paulo entre 11 e 14 de abril. Promovido pela SerTãoBras, o evento reuniu mais de 200 produtores de queijos artesanais de 17 estados brasileiros e do DF. Brasília fez bonito.

No 3º Mundial do Brasil, 1.900 produtos foram avaliados por 300 jurados. Ao final, 598 queijos e produtos lácteos receberam medalhas em quatro categorias: Super Ouro (99 produtos), Ouro (149), Prata (150) e Bronze (200). O grande vencedor foi queijo Morro Azul, produzido pelo Laticínios Pomerode, de Santa Catarina.

Três produtores da Rota do Queijo do DF e Entorno foram premiados: Giovana Navarro, da Cabríssima, levou medalha de Ouro com o queijo Brasília; Ana Zélia, do Sítio Vila das Cabras, faturou o Bronze com o queijo Raclete; e Erbert Araújo, da Queijaria Ercoara (Entorno), ganhou Ouro  com o yogurte Ercoara  e duas medalhas de Bronze, uma com o doce de leite de cabra e outra com o queijo meia-cura Lobeira.

A Rota do Queijo Artesanal foi lançada pela Emater-DF no dia 25 de abril, após a premiação no Mundial do Brasil. Objetiva estimular a produção e o turismo rural. Participam do projeto oito propriedades rurais precursoras na produção de laticínios e na criação de ovelhas e cabras, cujas também estão aptas a receber turistas. São eles: Queijaria Rancharia, Sítio Vale das Cabras, Cabríssima, Queijaria Walkyria, Ateliê do Queijo, Malunga, Kero Mais e Ercoara.

Produtores comemoram

Giovana Navarro declarou ao comemorar a premiação: “Nós sabíamos do sabor, da qualidade do queijo. Mas, de qualquer forma, quando a gente ganha um prêmio, a gente realmente se sente muito feliz. Aquela sensação de uma vitória boa. Isso é bom para a gente conseguir ter mais energia para continuar”.

Ela acredita que com a ampliação e a continuidade da parceria com a Emater, outros produtores também serão medalhados. “Eu acho que aí nós teremos um nome não só no Brasil, como também fora do Brasil”, confia.

Ana Zélia: Medalha de Bronze “é um reconhecimento incrível” – Foto: Divulgação

Já Ana Zélia conta que começou a produzir queijos em 2016. Primeiro, aprendeu as técnicas. Depois, estudou como produzir de acordo com a legislação sanitária. Assim, virou queijeira. A medalha de Bronze premia oito anos de muito trabalho. “É um reconhecimento incrível”, declarou.

Para ela, ser premiada num concurso mundial, “onde pessoas que não te conhecem ou não conhecem seus queijos, provaram e aprovaram, muda a vida de um produtor”.  A premiação, segundo Ana, além “muito gratificante”, ajuda a “aumentar muito as vendas”.

Fernanda Lima, extensionista da Emater-DF que atende os produtores da Rota do Queijo, ressalta que a seleção dos melhores é feita por jurados experientes. No Mundial 2024, participaram do júri mestres queijeiros da França. A premiação, segundo Fernanda, traz o reconhecimento de que a Rota não tem só bons queijos. “A gente tem os melhores queijos do Brasil”, festeja Fernanda.

Mundial do Queijo

Um dos principais objetivos do Mundial do Queijo do Brasil é dar visibilidade e valorizar os produtos para que os profissionais brasileiros tenham uma vida melhor. O concurso conta com a parceria da Guilde Internationale des Fromagers, uma das maiores associações de queijeiros do mundo, presente em mais de 40 países.

 Com informações da Emater-DF
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