Começa a coleta de informações sobre a população que vive na cidade e na zona rural de Brasília e Entorno
6 Novembro 2023
Redação AgroDF
O Governo do Distrito Federal quer atualizar informações para conhecer melhor a situação socioeconômica da população que vive nas 35 administrações administrativas do DF e em 12 municípios do Entorno de Brasília. Para isso, foi lançada nesta segunda-feira (6) a Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios Ampliada (Pdad-A) 2023, que vai abranger 25 mil residências na zona urbana e na área rural da região. A pesquisa também vai mapear a infraestrutura e serviços públicos oferecidos à essa população.
O levantamento será feito pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF). “A ideia é conhecer a nossa população, conhecer como vive o brasiliense, extrair coisas que são muito valiosas para o governo, que é a informação usada para pautar as ações e políticas públicas”, explicou Manoel Clementino, presidente do instituto. “São dados coletados com base em evidências, obtidos de forma metodológica e que tenham validade”.
O levamento é a única pesquisa realizada no DF que abrange toda a extensão territorial da capital. “É o único estudo regional em que conseguimos, de forma muito criteriosa, informações sobre os mais diversos assuntos para auxiliar na gestão pública da capital”, ressaltou Dea Fioravante, diretora de Estatística e Pesquisas Socioeconômicas do instituto.
Zona Rural
A pesquisa é realizada a cada dois anos. Mas neste ano, será ainda mais abrangente. Isso porque incluirá, pela primeira vez, os moradores da zona rural do DF. Antes, a Pdad Rural era conduzida como um estudo independente da pesquisa original.
Para este ano, a previsão é que sejam visitados 450 domicílios rurais, o que possibilitará ter um panorama bem mais fiel das condições de vida da população que mora no campo. “A inclusão dessa população representa um passo importante para tornar o estudo ainda mais fiel à realidade do DF”, segundo Clementino.
Etapas da pesquisa
A Pdad-A está dividida em quatro fases: planejamento, coleta, consistência e divulgação. A primeira etapa diz respeito ao cadastro de domicílios, elaboração do desenho amostral e definição dos questionários que serão utilizados. Em seguida, ocorre a pesquisa de campo, com aplicação dos questionários nos domicílios.
A previsão é que a etapa de coleta dure cinco meses. Nessa fase, serão mais de 60 técnicos, entre agentes e supervisores, visitando 25 mil unidades residenciais, em todas as 35 regiões administrativas do DF, nas comunidades rurais da capital e nos 12 municípios que compõem a Região Integrada de Desenvolvimento (Ride).
Nessa fase, serão aplicados questionários com cinco blocos de perguntas. Os questionamentos abrangem temas como características dos domicílios, educação, saúde, trabalho e rendimento dos entrevistados.
Superada a etapa de coleta de informações, começa a terceira fase: a formatação dos dados coletados. É neste estágio que os técnicos vão definir a consistência da base de informações colhidas e, a partir dela, elaborar relatórios com os resultados. Esses, por sua vez, serão divulgados na quarta e última etapa da pesquisa.
Valida Pesquisador
Uma outra novidade é a plataforma Valida Pesquisador. Trata-se de um serviço informatizado que permite ao morador abordado conferir a veracidade e o vínculo funcional do pesquisador. A checagem pode ser feita pelo site do instituto, com base na matrícula do técnico ou pelo QR Code de validação disponível no crachá do pesquisador.
“Todos os pesquisadores são cadastrados e estarão com crachá”, destacou Dea Fioravante. “A partir dessa ferramenta, a população consegue confirmar se a pessoa que bate à porta da minha casa é de fato um pesquisador credenciado. Além disso, todos eles estarão também uniformizados.”
Nenhum dos dados coletados será usado individualmente. A utilização das informações é feita de maneira agregada, caracterizando grupos e comportamentos médios.
Trabalho conjunto
A pesquisa conta com o apoio de diversos órgão do GDF. “Contamos desde o início com o apoio do secretário de Governo, José Humberto Pires de Araújo, que nos colocou em contato com as administrações regionais, Secretaria de Segurança Pública e com a Secretaria de Comunicação para contornarmos as dificuldades que o IBGE enfrentou na execução do Censo”, declarou Clementino.
“É um trabalho integrado do governo envolvendo todas as secretarias, todas as administrações, órgãos do governo, para que as coisas saiam como têm que sair”, endossou José Humberto.