ADEUS À PONTE JK

A implosão contecerá após a retirada de todos os veículos que ainda estão submersos - Foto: Governo do Tocantins

A implosão do que restou da estrutura que ligava o Tocantins e o Maranhão está marcada para 2 de fevereiro

23 janeiro 2025
Redação AgroDF

As estruturas que sobraram após o desabamento da Ponte Juscelino Kubi Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados de Tocantins e Maranhão, serão implodidas no dia 2 de fevereiro, segundo anunciou hoje (23) o ministro dos Transportes, Renan Filho, em entrevista coletiva no CanalGov (Youtube). Renan adiantou que ainda neste ano devem ser concluídas as obras de reconstrução da ponte.

Ainda na quarta-feira (22), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que  equipes de técnicos especializados iniciaram as perfurações para colocar os explosivos que serão usados na implosão das partes da ponte que não desabaram. O DNIT explicou que, para construir a nova ponte, é necessário demolir a estrutura que não desabou. O departamento informou ainda que a implosão ocorrerá após terem sido retirados todos os veículos que ainda estão submersos, o que deve ocorrer até o final de janeiro.

A ponte desabou no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. O desabamento atingiu 18 pessoas, sendo que 14 morreram, três ainda estão desaparecidas e um homem foi resgatado com vida. Quando a ponte rompeu, caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, dos quais dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.

Segundo o DNIT, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.

O ministro Renan Filho durante a entrevista, salientou que a ponte não foi construída para escoar produção. “A ponte entre Estreito e Aguiarnópolis foi construída em 1964”, lembrou Renan. “Aquela ponte não foi construída para escoar produção, ela foi construída para integração nacional. E de lá pra cá o Brasil mudou muito. O Matopiba passou a ser uma das regiões mais produtivas do mundo e a ponte, não dimensionada, no momento em que recebeu três caminhões com grande peso, ela ruiu. O problema é que carregando carga muito pesada não foi paralisada a passagem de veículos pesados. Até que chegou o momento e a ponte colapsou”, explicou.

 

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