GDF mantém rede de apoio e assistência às trabalhadoras que vivem no campo
Edição AgroDF
14 outubro 2025
Mais de 9 mil agricultoras e trabalhadoras rurais estão cadastradas na Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, representando 41,6% das 18 mil propriedades atendidas pela Emater no Distrito Federal. Dessas propriedades, 35% são administradas por mulheres, o que as coloca em posição de liderança no campo. Com esses números, o Governo do Distrito Federal celebra o Dia Internacional da Mulher Rural, comemorado nesta quarta-feira (15).
A data foi criada para reconhecer e valorizar o papel fundamental dessas mulheres na produção de alimentos, na preservação cultural e na sustentabilidade das comunidades em que vivem. No Brasil, estima-se que aproximadamente 14 milhões de mulheres rurais enfrentam desafios diários e buscam atenção especial em questões cruciais como segurança, saúde, acesso à água e à terra.
O GDF mantém diversos programas voltados para dar assistência social e técnica à mulher do campo. Entre eles, o programa itinerante “Sempre por Elas”, que presta assistência a mulheres em situação de vulnerabilidade social, econômica ou de violência em áreas urbanas e rurais do DF. Entre elas, 570 já foram atendidas pelo programa neste ano.
Ações no campo
A secretária da Mulher, Giselle Ferreira, destaca outras ações voltadas especificamente para o público feminino da zona rural do DF. “Temos o Programa Mais Direito Para as Mulheres do Campo e do Cerrado, que realiza serviços itinerantes nas comunidades rurais”, exemplifica a secretária. “Elas recebem acolhimento e atendimento, rodas de conversas e informações sobre a rede de proteção, direitos da mulher, tipos de violência e canais de denúncia”.
Há também o Fórum Distrital Permanente das Mulheres do Campo e do Cerrado, vinculado à Secretaria da Mulher, que planeja e realiza ações para combater a violência contra a mulher. Além de promover a autonomia feminina, essas ações contribuem também para a elaboração de políticas públicas que visam melhorar as condições de vida das mulheres que vivem no campo.
Outra ação de destaque é o Projeto Agropecuária Sustentável: Mulheres Transformando o Campo. Por meio do projeto, mulheres passam um dia conhecendo técnicas de produção agrícola sustentável na Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília. Participam produtoras, trabalhadoras, estudantes e moradoras de comunidades do DF e do Entorno. O objetivo é ensinar para multiplicar práticas agrícolas que contribuam para melhorar a produção respeitando o meio ambiente.
Levar serviços de saúde à zona rural é outra preocupação do GDF, uma vez que muitos núcleos rurais ainda não contam com postos médicos. Os moradores têm que enfrentar longas distância para ser atendidos na rede pública de saúde dos centros urbanos. O Programa Sempre por Elas busca minimizar essas dificuldades ao levar para o campo diversos serviços, que incluem consultas médicas, estética, orientações jurídicas e encaminhamentos a serviços sociais. O programa conta com a parceria do Secretaria de Saúde, Defensoria Pública, Sedes (Cras Móvel), Sesc, Mary Kay, Caesb e PCDF.
Força feminina
A governadora em exercício Celina Leão, ao se manifestar sobre o Dia Internacional da Mulher Rural, ressaltou a importância desses programas. “Nosso foco é dar continuidade aos projetos e reconhecer o trabalho importante das mulheres rurais no desenvolvimento da nossa cidade”, destacou Celina. “Nossas políticas públicas fortalecem a união e promovem discussões que resultam em conquistas significativas”.
Já Renata D´Aguiar, subsecretária de Promoção das Mulheres, destacou o valor da força de trabalho feminino no campo. “A mulher rural é uma força produtiva essencial para nós”, enfatizou Renata. “As ações visam promover o desenvolvimento das atividades do cerrado, fortalecendo a autonomia financeira feminina. Elas são a força motriz do campo, guardiãs da cultura e provedoras de nossa mesa. Que o Dia Internacional das Mulheres Rurais nos inspire a continuar essa jornada com ainda mais dedicação e efetividade”.
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