Diplomatas conhecem pinga da melhor qualidade produzida no DF
Redação AgroDF
9 abril 2024
Brasília está apresentando ao mundo um produto tipicamente brasileiro: a cachaça. Pinga da melhor qualidade produzida no Distrito Federal. Para divulgar marcas brasilienses e mirando o mercado exterior, foi promovida na noite desta terça-feira (8) o encontro degustativo “Brasília Cachaça Diplomática”, que aconteceu no Espaço Panorama, no Lago Norte, reunindo representantes de diversas embaixadas instaladas na capital.
No encontro, foram degustadas quatro marcas fabricadas pelos produtores Alambique Cavaco, Ararauna, Casa Sturdart e Saracura. Com o total de cinco produtores cadastrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o DF tem capacidade de produzir mais de 200 mil litros de cachaça por ano e exportar pelo menos 40 mil litros do que produz. Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, o DF produziu mais de 207 mil litros de cachaça em 2023, gerando faturamento superior a R$ 3,6 milhões.

Algumas dessas destilarias já exportam para o exterior diretamente ou via internet. É o caso da Ararauna, que após ser premiada no Brasil, Chile e Bélgica, vem vendendo sua cachaça para os Estados Unidos e Reino Unido. A meta, agora, é conquistar o mercado europeu com exportações diretas e ampliar as vendas via internet para os consumidores latinos e norte-americanos.
Para isso, o evento diplomático degustativo ““é uma excelente oportunidade para apresentar os produtos de Brasília e também de aproximar o corpo diplomático da verdadeira essência da cachaça brasileira”, acredita o sommelier Carlos Magnum Nunes, especialista da Ararauna.
O evento foi promovido pela Secretaria de Estado de Relações Internacionais (Serinter) e o Sindicato de Turismo Rural e Ecológico (Ruraltur-DF). “A iniciativa de promovermos essa aproximação entre as embaixadas e os produtores é justamente criar oportunidades de negócios e valorizar os produtos produzidos no Distrito Federal”, explicou o titular da Serinter, Paco Britto. “Temos muito mais a oferecer que apenas a caipirinha, mas uma cachaça de extrema qualidade”, completou o secretário-executivo da pasta, Paulo Cesar Chaves.
Diplomatas provam e aprovam
A embaixadora do Suriname, Angeladebie Roshni Annie Ramkisoen, gostou do que provou. “Dos sabores suaves ao final picante, essa degustação de cachaça foi realmente de outro nível”, elogiou. “A arte da destilação revelou cada camada de sabor com maestria, mostrando como tradição e técnica se unem na criação dessa bebida única”.
Já a embaixadora de Barbados, Tonika Sealy-Thompson, fez comparações entre a cachaça e o rum, bebida típica daquela país caribenho. “A cachaça e o rum têm uma ligação, uma conexão muito interessante e eu vou explorar”, ressaltou, elogiando “o carinho com que os produtores demonstraram seus rótulos”.
Durante a degustação, o embaixador da Macedônia do Norte, Igor Popov, sugeriu aos organizadores do evento que levem os diplomatas estrangeiros para conhecer in loco as destilarias, o que ampliariam as oportunidades de negócio.
O embaixador da Sérvia, Aleksandar Ristic, também concorda que a troca de experiência é fundamental para fortalecer o comércio bilateral de bebidas. “Em outubro do ano passado promovemos um evento com o apoio da Serinter para mostrar os vinhos produzidos na Sérvia para os brasilienses”, contou. “Agora, tenho a oportunidade de conhecer a cachaça – um dos produtos brasileiros mais conhecidos no mundo – produzida em Brasília”.
O presidente da Ruraltur-DF, Fernando Mesquita, acredita que encontros entre os produtores de cachaça e os diplomatas vão abrir as portas do mercado externo para as destilarias brasilienses. “Com o apoio da Serinter e outras entidades parceiras, será possível fazer conexão, conhecer e atender às regulações internacionais e iniciarmos as exportações”, vislumbra Mesquita.