Serão investidos R$ 315 milhões para alargar 24 km da rodovia entre Brazlândia e Taguatinga
O governador Ibaneis Rocha assinou hoje (21) a ordem de serviços para obras de duplicação da Rodovia BR-080, a única via federal dentro do território brasiliense que tem apenas uma pista. Serão investidos R$ 315 milhões na duplicação do trecho de 24 quilômetros entre Brazlândia, promissor polo agropecuário, e Taguatinga, importante centro econômico do Distrito Federal.
O trecho a ser duplicado fica no entroncamento rodoviário entre a DF-001, em Taguatinga, e o Povoado da Vendinha, próximo à divisa do Distrito Federal com Goiás. As obras vão facilitar o tráfego de 100 mil motoristas que diariamente trafegam pela região. O projeto é, futuramente, prosseguir com a duplicação da BR-080 até a divisa do DF com Goiás.
Com a duplicação, o transporte de pessoas e de mercadorias pela BR-080 será feito em menos tempo e com mais segurança. Serão diretamente beneficiados moradores, comerciantes e agricultores de Brazlândia e cidades vizinhas, além dos que seguem ou voltam de outros estados, como Tocantins e Mato Grosso.
Qualidade da pista
As obras serão financiadas com recursos do GDF e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC II) do Governo Federal. A bancada parlamentar do DF no Congresso Nacional também atuou para assegurar recursos para a obra, que ficará sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Além da duplicação, a qualidade da pista também será melhorada. O asfalto vai ser substituído por piso de concreto, material mais resistente, duradouro e de manutenção mais fácil e econômica. A pavimentação rígida permite que as pistas suportem o intenso tráfego de ônibus e caminhões sem sofrer deformações e danos significativos, tendo vida útil estimada em 20 anos.
Vitória após 90 Anos
Na solenidade de assinatura da ordem de serviço, o governador Ibaneis Rocha lembrou dos esforços para emplacar a obra no Plano de Governo 2023-2026 do presidente Lula e incluir os recursos no PAC II, lançado em agosto deste ano. “Para nós, que militamos na política do DF, essa obra é de suma importância para todos”, ressaltou.
“Tivemos a oportunidade de trabalhar muito para que ela fosse incluída no PAC”, prosseguiu Ibaneis. “Nós pedimos ao governo federal a prioridade para a BR-080. Essa obra vai ser entregue no nosso mandato. Essa é uma das vitórias mais importantes da história de Brazlândia em seus 90 anos”. A cidade foi fundada em 1933, antes da inauguração de Brasília.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, reforçou que a obra é um pedido do GDF atendido pela União dentro do PAC. “Essa obra vai mudar definitivamente a vida dos moradores de Brazlândia e vai acelerar a vida dos moradores de Brasília e de quem passa por aqui”, destacou. “É um sonho histórico que se realiza, uma parceria do presidente Lula com o governador Ibaneis Rocha”.
Salvar vidas
Diversos moradores de Brazlândia compareceram à cerimônia. Viviane Moreira é diretora do grupo de mulheres da Associação Rural Gabriela Monteiro (Argam), onde vivem sete mil pequenos produtores. Ela não conteve a emoção: “É mais do que uma obra, é um ato de amor”, declarou. “Muitas mães perderam os filhos aqui, muitas mulheres perderam os maridos aqui. Todo o DF vai ser atendido por essa obra”.
Morando em Brazlândia há 19 anos, Viviane lamenta que muitos agricultores perdem não só mercadorias como a própria vida ao transitar pela BR-80, chamada pelos produtores de “rodovia da morte”. “Essa duplicação vai salvar vidas. Quando falo que em salvar vidas é sobre os agricultores que saem de madrugada para a Ceasa e dos que voltam de noite por essa pista”.
A duplicação também foi comemorada pelos transportadores de mercadorias que circulam pela BR-80. “É importante para o setor de transportes e para os produtores rurais”, enfatizou Hélio Camilo Marra, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logísticas no DF (Sindibras). “Temos que lembrar que o transporte é a mola mestre do país, seja viário, aquaviário ou aéreo. Em qualquer lugar, se há comida, é porque o transporte passou por lá”.