Em 2023, setor cresceu 15,1%, liderando o crescimento da economia brasileira
1º DE Março 2024
Redação AgroDF
Com faturamento de R$ 677,6 bilhões, o setor agropecuário brasileiro cresceu 15,1% em 2023, puxando o crescimento da economia do país no ano passado. Foi a maior alta entre as atividades produtivas, refletindo diretamente no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que aumentou 2,9% em relação ao ano anterior, com R$ 10,9 trilhões. As informações foram divulgadas hoje (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O crescimento anual do setor agropecuário foi o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 1995. Segundo o IBGE, a alta decorreu, principalmente, devido ao crescimento da produção e ao ganho de produtividade da atividade Agricultura. Várias culturas registraram crescimento de produção em 2023, com destaque para a soja (27,1%) e o milho (19,0%), que alcançaram produções recordes na série histórica, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do instituto IBGE.
Ação do governo
O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, comemorou os números. “Mais uma vez a agropecuária puxou a atividade econômica brasileira mesmo com as intempéries climáticas e o achatamento de preço das commodities”, ressaltou. Segundo ele, o Governo Federal trabalhou muito para adotar medidas de apoio ao setor. “Ampliamos linha de crédito, abrimos mercados e geramos empregos”, enumerou Fávaro. “Teremos mais desafios em 2024, mas continuaremos trabalhando e gerando oportunidades”.
Outros setores da economia também apresentaram bom desempenho. É o caso de Serviços (alta de 2,4%) e o da Indústria (1,6%). Quanto à demanda, o crescimento foi puxado pelo consumo das famílias (3,1%), consumo do governo (1,7%) e exportações (9,1%). A queda de 1,2% das importações também contribuiu para o resultado.
Na comparação do terceiro semestre do ano para o quarto, o PIB brasileiro manteve-se estável. No comparativo do quarto trimestre de 2023 com o mesmo período do ano anterior, houve alta de 2,1%, segundo o IBGE.