Safra 2024-2025 deve bater novo recorde: 325,7 milhões de toneladas
14 fevereiro 2024
Redação AgroDF
A safra brasileira de grãos 2024-2025 deve colher 325,7 milhões de toneladas de grãos, o que representará crescimento de 9,4% em relação à temporada anterior. Caso a colheita prevista se confirme, será consolidado um recorde histórico na produção brasileira de grãos.
Além de atender o mercado interno, a safra projetada vai abastecer também o mercado externo, prevendo-se a exportação de 105,4 milhões de toneladas de grãos, conforme o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024-25, divulgado nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Dois motivos são apontados pela companhia para projetar esses resultados: aumento de 2,1% na área cultivada, estimada em 81,6 milhões de hectares, e a recuperação de 7,1% na produtividade média das lavouras, prevista para 3.990 quilos por hectare.
Queda no preço dos alimentos
O crescimento da produção de arroz e feijão, alimentos básicos na mesa dos brasileiros, contribui para o cenário positivo. Houve crescimento da área plantada e da produtividade desses dois produtos, prevendo-se a colheita 11,8 milhões de toneladas de arroz e 3,3 toneladas de feijão, além de 122 milhões de toneladas de milho.
O presidente da Conab, Edegar Pretto, ressaltou que o crescimento da oferta de alimentos básicos tende a reduzir o preço do arroz e do feijão para o consumidor final. “Temos a clareza que mais alimentos produzidos, mais oferta de alimentos no mercado, é a possibilidade de um preço justo para os consumidores”.
O presidente da Conab atribui esses resultados aos produtores rurais e às políticas públicas adotadas pelo Governo Lula. “A disponibilização de crédito agrícola, com juros subsidiados para quem optar em produzir alimentos no nosso país, é um fator decisivo para que o agricultor saiba que, na hora de plantar, o seu trabalho será recompensado”, enfatizou Pretto.
Avaliação dos produtos
A Conab, no levantamento sobre a safra, avaliou o comportamento da produção de soja, milho, trigo e arroz. Eis a avaliação para cada produto.
SOJA — A estimativa é a produção de 166 milhões de toneladas de soja, um aumento de 12,4% em relação à safra passada. A colheita já foi iniciada nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Bahia. Houve redução de produtividade no Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul devido ao déficit hídrico em quase todo o estado gaúcho e parte do MS. Houve, porém, aumento em Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Bahia devido ao bom regime de chuvas, o que compensou a produção.
MILHO — A estimativa é produzir 122 milhões de toneladas de milho, um aumento de 5,5% em relação à última safra. O resultado reflete o aumento na área destinada para a cultura combinada com a recuperação da produtividade média nas lavouras do país. As condições climáticas foram favoráveis, principalmente no Paraná, em Santa Catarina e na maioria dos estados do Centro-Oeste. As exceções ficam para Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, que registraram restrição hídrica a partir de meados de dezembro.
ARROZ — Com a semeadura praticamente concluída, a Conab estima que a produção de arroz chegue a 11,8 milhões de toneladas, alta de 11,4% quando comparada com a colheita da safra passada. O aumento na colheita na atual safra garante o abastecimento interno e ainda possibilita um aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas.
TRIGO — Para as culturas de inverno, as primeiras estimativas indicam a produção de trigo, principal produto cultivado, em 9,1 milhões de toneladas. O plantio no Paraná tem início a partir de meados de abril e no Rio Grande do Sul, em maio. Esses estados respondem por 80% da produção tritícola do país.