COMIDA NA MESA, RENDA NO CAMPO

GDF comprou mais de 5,3 mil toneladas de alimentos produzidos por pequenas agricultores - Foto: Divulgação

GDF investiu R$ 44 milhões em 2024 na compra de alimentos da agricultura familiar

08 janeiro 2025
Redação AgroDF

O Governo do Distrito Federal investiu, em 2024, R$ 44,3 milhões para oferecer alimentos de qualidade à população mais vulnerável e gerar renda aos agricultores familiares. Por meio de programas de aquisição de alimentos, foram atendidas mais de um milhão de pessoas de todas as idades e contempladas pequenas propriedades rurais no DF e Entorno, segundo balanço da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater).

No ano passado, mais de 5,3 mil toneladas de frutas, legumes e verduras foram distribuídos por meio dos seguintes programas: Aquisição de Alimentos (PAA-DF), Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-DF) e de Aquisição da Produção da Agricultura (Papa-DF).

Além de comprar periodicamente os alimentos produzidos no campo, o GDF, por meio da Emater e da Secretaria de Agricultura, também oferece a assistência técnica necessária para garantir que os agricultores possam continuar produzindo e tendo melhor qualidade de vida.

É o caso do agricultor Genivaldo José dos Santos (50 anos), que há 12 anos produz frutas e hortaliças na chácara que possui no Núcleo Rural Betinho, em Brazlândia. Santos reconhece e agradece o apoio que recebe do GDF. “O governo me ajuda demais”, ressalta. “Se não fosse por essa ajuda, não teria condições de dar início à minha produção. A Emater não mede esforços para me ajudar aqui. Eles me ajudam em tudo, desde a parte técnica da produção até a questão de viabilizar o crédito rural”.

Assistência aos produtores

Vanessa Lira, extensionista da Gerência de Comercialização e Organização Rural da Emater, é uma das técnicas que prestam assistência aos produtores. “A gente dá o apoio para esses produtores acessarem as compras públicas”, explica. “Temos alguns grupos de acompanhamento desses programas e fazemos a interlocução do agricultor com outros órgãos para viabilizar essas aquisições”.

A compra estabelecida em contrato dá segurança aos produtores rurais para que eles permaneçam no campo, produzam até mais do que o contratado pelo governo e possam planejar suas despesas. “Além disso, o preço pago por cada alimento é sempre o mesmo, não oscilando conforme a flutuação do mercado”, acrescenta Vanessa.

Outra atividade da Emater é formalizar os agricultores e prepara-los para atuar no mercado privado. Para vender ao governo, o produtor precisa emitir nota fiscal; e para comercializar no mercado privado, é necessário que o produto tenha padrão comercial e que a produção dele siga um cronograma que atenda as demandas. A Emater também auxilia os produtores nessas tarefas, segundo a extensionista rural Bruna Heckler.

Escolas abastecidas

Se os programas governamentais ajudam a melhorar a vida do campo, também contribuem para levar alimentos de qualidade às escolas públicas do DF. “Os programas de aquisição proporcionam a compra de alimentos frescos e bem diversificados, respeitando a cultura alimentar local e a sazonalidade dos produtos”, ressalta Camila Beiró, diretora de Alimentação Escolar da Secretaria de Educação.

Dessa forma, segundo a diretora, é possível melhorar a dieta dos estudantes com cardápios ricos em nutrientes, em sabores e com alimentos in natura, o que auxilia no desenvolvimento físico e mental dos alunos. Assim, atuando em conjunto, a Secretaria de Agricultura, a Secretaria de Educação e a Emater têm conseguido incentivar a produção rural e melhorar a alimentação escolar. “Essa parceria garante alimentos de origem assegurada e diretamente do campo para a refeição dos alunos”, afirma Camila.

O Centro Educacional (CED) Incra 8, em Brazlândia, é uma das escolas públicas que recebe frutas e hortaliças frescas para atender mais de 900 alunos entre 9 e 18 anos de idade. “Recebemos semanalmente alimentos frescos, como frutas, verduras e carnes”, informa Raul Igor Trindade, vice-diretor do CED. “Esses produtos garantem a segurança alimentar das crianças, especialmente aquelas que dependem da escola para fazerem suas refeições diárias”.

A busca por alimentos mais saudáveis é outra preocupação do GDF. E os resultados já aparecem. Exemplo: desde 2023, frutas e hortaliças orgânicas são oferecidas aos alunos das regionais de ensino do Guará, Núcleo Bandeirante e São Sebastião. A meta é ampliar o número de escolas que recebem esse tipo de alimento.

Com informações de Emater-DF
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