Março é o auge da safra de 2024 no DF, que deve chegar a mais de 7 mil toneladas
12 Março 2024
Redação AgroDF
O Distrito Federal está vivendo a alta temporada da goiaba. A safra deste ano começou a ser colhida em janeiro e entrou em seu auge em março. Até o fim do ano, está prevista a colheita de cerca de 7,2 mil toneladas da fruta, quase a mesma quantidade da safra do ano passado, quando chegou a 7.070 toneladas. Para comemorar a safra 2024, entre 5 e 14 de abril será realizada a tradicional Festa da Goiaba, em Brazlândia, com a participação de 200 produtores da fruta.
A produção da fruta é assistida e acompanhada pela Emater-DF. O Relatório de Informações Agropecuárias da empresa informa que a área plantada alcançou 412,5 hectares em 2023, aumento de 68,1 hectares (16,52%) em relação a 2022. O número de produtores também aumentou no período, passando de 173 para 222 agricultores.
Brazlândia responde por 95,8% da goiaba produzida no Distrito Federal. Com forte aceitação do produto no mercado, a goiaba desponta como a fruta mais produzida em Brazlândia em 2023, superando as safras do abacate (6.528 toneladas), limão (6.486) e banana (5.884). Chega a superar também toda a safra de morango produzida no 2023 no DF, que foi de 7 mil toneladas.
Maiores produtores
As duas maiores produtoras da fruta em Brazlândia e no DF são as chácaras Yamagata e Ponte Preta. Juntas, produzem 50 toneladas por mês. Até o final do ano, devem chegar a 600 toneladas. Nessas propriedades, são cultivadas as quatro variedades mais apreciadas pelos consumidores: Pedro Sato, Sassaoka, Paluma, Tailandesa e Cortibel.
A Chácara Yamagata ocupa 60 hectares, dos quais 40 hectares são exclusivos para o plantio de goiaba, chegando a produzir 40 toneladas por mês. O processo produtivo é mecanizado, mas a colheita é manual e feita por 24 trabalhadores. “Nós não utilizamos máquina para colher porque é uma fruta sensível, não tem como mecanizar”, explica Marcio Toshio, produtor da Yamagata. “Precisamos prestar atenção na coloração, no formato, no ponto de colheita para garantir que aquela fruta está em perfeitas condições para ser consumida”.
A Chácara Ponte Preta também ocupa 40 hectares, sendo 28 hectares para o plantio de goiaba. A fruta in natura é vendida na Ceasa, enquanto geleias e doces com receitas especiais são comercializados na própria chácara e na Feira da Goiaba. A variedade mais procurada é a Sassaoka. “O sabor dela ganha de todas as outras”, ressalta o produtor Márcio Toshio. “Demorei bastante para implementar no comércio essa variedade, mas hoje já tem clientes que procuram somente por ela pelo sabor diferenciado”.
Com informações da Emater-DF