GDF vai investir R$ 3,8 milhões para recuperar áreas degradadas
Edição AgroDF
7 novembro 2025
O Governo do Distrito Federal vai investir R$ 3,8 milhões no plantio de espécies nativas do Cerrado para recuperar 218,35 hectares de áreas degradadas em parques públicos e na orla do Lago Paranoá DF. Isto é o que prevê o projeto Recupera Cerrado II, a ser executado em até três anos em parceria entre o GDF e uma organização da sociedade civil (OCS).
Para isso, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Fundo Único do Meio Ambiente (Funam) lançaram nesta sexta-feira (7) um edital de chamamento público, visando a contratação de uma organização que ficará responsável pelos serviços de plantio, manutenção e monitoramento das áreas a serem recuperadas.
Inicialmente, o contrato terá a duração de 18 meses, mas pode ser prorrogado por mais 18 meses já que a recuperação de áreas degradas demanda tempo. Mas os recursos estão garantidos: são provenientes da compensação florestal, fonte vinculada ao Funam.
Foram selecionadas 42 áreas para regeneração nos seguintes locais: Orlas Sul e Norte do Lago Paranoá; Parques Ecológicos da Ermida Dom Bosco, das Garças, Garça Branca, Copaíbas, Veredinha, Águas Claras, Riacho Fundo e Paranoá; e Áreas de Relevante Interesse Ecológico (ARIEs) do Riacho Fundo, Paranoá Sul e de Brazlândia.
Os serviços incluem plantio de espécies nativas do Cerrado, irrigação, adubação, controle de espécies invasoras e reposição de mudas. Estão ainda previstas ações de monitoramento técnico, de acordo com o Protocolo de Recomposição da Vegetação Nativa do Brasília Ambiental, e atividades de educação ambiental com estudantes da rede pública e comunidades vizinhas às áreas beneficiadas.
Regras do edital
Poderão participar organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, com no mínimo cinco anos de existência e experiência comprovada em projetos de recuperação de vegetação nativa no bioma Cerrado.
O prazo para envio das propostas será de 40 dias após a publicação do edital no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF). As propostas deverão ser encaminhadas conforme as orientações disponíveis no site www.sema.df.gov.br, e dúvidas poderão ser enviadas para o e-mail funam@sema.df.gov.br.
O resultado provisório será divulgado até 10 dias úteis após o encerramento das inscrições, seguido de prazo recursal de 5 dias corridos. O resultado será publicado em até 10 dias após a análise dos recursos.
Para esclarecer dúvidas, será realizada uma oficina sobre o edital no dia 19 de novembro, às 9h30, no auditório da Sema (SEPN CRN 511, Ed. Bittar III – Bloco B, 2º andar).
Áreas em recuperação
Desde 2019, a Sema e do Instituto Brasília Ambiental vêm conduzindo uma série de ações de restauração ecológica em áreas degradadas do Cerrado, especialmente nas margens do Lago Paranoá e em unidades de conservação. Desde então, mais de 307 hectares estão sendo recuperados. São eles:
- 75 hectares implantados na Orla Sul do Lago Paranoá, financiados pelo Funam-DF;
- 40 hectares implantados na Orla Norte, em parceria com o Serviço Florestal Brasileiro e a Fundação Banco do Brasil;
- 171 hectares adicionais implantados em parques e unidades de conservação, com apoio da empresa Cargill e do Instituto Perene;
- 21 hectares implantados por meio do projeto CITinova, com recursos do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF)
Política ambiental
A vice-governadora Celina Leão, ao comentar o lançamento do edital, destacou que essa inciativa demonstra a preocupação do com a preservação do bioma e a melhoria da qualidade ambiental no DF. “O Cerrado é o berço das águas do Brasil e precisa ser protegido”, defendeu Celina. “Essa iniciativa mostra que o nosso governo tem uma visão de futuro, que alia desenvolvimento, conservação ambiental e qualidade de vida para a população”.
Já o secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, destacou que “a recuperação do Cerrado exige tempo, cuidado e compromisso”. Com o lançamento do edital, segundo ele, o GDF mostra que a preservação do Cerrado é uma prioridade de governo. “Estamos fortalecendo políticas públicas que fazem diferença na vida das pessoas e garantem um futuro mais verde e equilibrado para o DF”, enfatizou Gutemberg.












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