SALDO DA BALANÇA: U$ 6,1 BILHÕES

Em agosto de 2025, as exportações brasileiras cresceram 3,9% em relação a agosto de 2024 - Foto: Diego Baravelli/Minfra

Resultado foi alcançado em agosto, no primeiro mês do tarifaço de Trump

Edição AgroDF
4 setembro 2025

Em 6 de agosto de 2025 entrou em vigor o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra produtos brasileiros. Ao final daquele mês, a balança comercial do Brasil fechou com superávit de US$ 6,133 bilhões, crescimento de 3,9% em relação a agosto de 2024, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado foi impulsionado pela agropecuária e pela indústria extrativista. Destaque em valor para a carne bovina, que aumentou 56%, e para o ouro, que aumentou 55,9% em valor, crescendo também em volume, segundo Erlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC.

Já as importações atingiram US$ 23,7 bilhões no mês passado, registrando queda de 2% em comparação com agosto de 2024 (US$ 24,2 bilhões). Destaque para bens de capital, que caíram 10,1% em valores, e para bens de consumo, que baixaram 9%.

No acumulado do ano, o Brasil exportou US$ 227,5 bilhões. O crescimento foi de 0,5% em relação ao acumulado dos oito primeiros meses de 2024. Já as importações somaram US$ 184,7 bilhões de janeiro a agosto, registrando a crescimento de 6,9% em comparação com os US$ 172,9 bilhões importados no mesmo período do ano passado. Assim, nos oito primeiros meses do ano, o saldo positivo foi US$ 42,8 bilhões.

Assim, entre janeiro e agosto de 2025, o saldo corrente de comércio ficou em US$ 412,3 bilhões. Ou seja, esse volume é a diferença entre o valor total exportado e importado naquele período. “O aumento da exportação foi mais que suficiente para compensar a queda da importação e fazer com que a corrente de comércio crescesse no mês de agosto, com aumento de 1,2%”, explicou Erlon Brandão.

Desempenho dos setores

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, os principais setores tiveram o seguinte comportamento: a agropecuária exportou US$ 0,51 bilhões (crescimento de 8,3%); a indústria extrativa vendeu US$ 0,74 bilhões (11,3% de crescimento); e a indústria da transformação comercializou menos US$ 0,14 bilhões (queda de 0,9%), segundo o MDIC.

Com relação às importações, a queda foi de 2% em comparação a agosto de 2024, quando o volume ficou em US$ 24,22 bilhões. O desempenho da agropecuária foi praticamente nulo, ficando em 0,4%. Já a indústria extrativa apresentou crescimento de US$ 0,37 bilhões (26,5%) e a indústria de transformações registrou queda de US$ 0,85 bilhões (3,8% a menos).

Com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o Brasil focou em aquecer as vendas para outros mercados. Assim, as exportações de agosto apresentaram expressivo crescimento para os seguintes países: Índia (58%), México (43,82%), Argentina (40,37%), China (31%) e Reino Unido (11%).

Na contramão, caíram as exportações para alguns países, entre eles destacam-se a Bélgica (43,8%), Espanha (31,3%), Coreia do Sul (30,44%) e Singapura (17,1%).

O efeito do tarifaço

O tarifaço fez cair as exportações para os Estados Unidos. Em agosto de 2024, o Brasil exportou US$ 4,4 bilhões para o mercado americano. Em agosto de 2025, exportou US$ 4 bilhões, queda de 18,5%, segundo o MDIC

Um item chamou atenção do ministério: houve queda de 100% na venda de minério de ferro para o mercado norte-americano – ou seja, nenhum grama desse produto foi exportado para os EUA no mês passado.

Nas exportações para os Estados Unidos, além do minério de ferro, as vendas que mais caíram foram de aeronaves e partes de aeronaves, que tiveram uma redução de 84,9%. Em seguida o açúcar com queda de 88,4% e motores e máquinas não elétricos, que tiveram redução de 60,9%.

Outros produtos registraram queda em agosto: carne bovina fresca (46,2%), máquinas de energia elétrica (45,6%), madeira (39,9%), óleos combustíveis (37%), produtos semiacabados de ferro e aço (23,4%) e celulose (22,7%).

Já as importações de produtos americanos subiram 4,6%, e chegaram a US$ 3,9 bilhões em agosto.

Com informações da Agência Brasil
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