Crescimento no primeiro trimestre de 2025 foi puxado pela Agropecuária, com 12,2%
Edição AgroDF
20 maio 2025
No primeiro trimestre de 2025, o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, apresentou crescimento de 1,4% em relação ao quarto trimestre de 2024. Em valores correntes, o PIB somou R$ 3 trilhões no trimestre.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB teve alta de 2,9%. Já no acumulado de 12 meses, a economia brasileira cresceu 3,5%, segundo divulgou nesta sexta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 12 meses, a taxa de 3,5% é a maior desde o segundo trimestre de 2023 (3,8%) e a 16ª alta consecutiva, ou seja, desde o segundo trimestre de 2021.
O crescimento do quatro trimestre de 2024 para o primeiro trimestre deste ano foi puxado pela Agropecuária, com alta de 12,2%. O desempenho da Agropecuária pode ser explicado por “condições climáticas favoráveis e expectativa de safra recorde da soja, nossa principal lavoura”, segundo a pesquisadora do IBGE, Rebeca Palis.
Serviços
O instituto informou que os Serviços cresceram 0,3%, enquanto a Indústria teve variação negativa (-0,1%). Dentro do setor de Serviços, que responde por 70% da economia brasileira, os destaques ficaram com as atividades de informação e comunicação (3,0%), outras atividades de serviços (0,8%) e atividades imobiliárias (0,8%).
Os setores que também cresceram foram: Administração, Defesa, Saúde e Educação públicas e seguridade social (0,6%); comércio (0,3%) e atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,1%). Apenas o segmento de Transportes, Armazenagem e Correio teve queda, de 0,6%.
Indústria
Quanto às atividades industriais, os segmentos que cresceram foram: Eletricidade e Gás, Água, Esgoto, Gestão de Resíduos (1,5%) e Indústrias Extrativas (2,1%). Mas apresentaram queda as Indústrias de Transformação (-1%) e a Construção (-0,8%).
Sob a ótica da demanda, houve crescimentos de 3,1% na formação bruta de capital fixo (investimentos), de 2,9% na exportação de bens e serviços e de 1% na despesa de consumo das famílias. Por outro lado, a importação de bens e serviços, que conta negativamente para a conta do PIB, cresceu 5,9%.
Comparativo
Na comparação com o trimestre anterior, essa é a 15ª alta consecutiva do PIB brasileiro, ou seja, desde o terceiro trimestre de 2021. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, essa é a 17ª alta consecutiva, ou seja, desde o primeiro trimestre de 2021.
No acumulado de 12 meses, a taxa de 3,5% é a maior desde o segundo trimestre de 2023 (3,8%) e a 16ª alta consecutiva, ou seja, desde o segundo trimestre de 2021.