É TEMPO DE PESCADOS

A Semana Santa é o pico da venda e consumo de pescados Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Venda de peixe deve crescer 50% no DF, onde a produção e o consumo ainda são pequenos

 26 Março 2024
Redação AgroDF

É Semana Santa, tempo de corrida às feiras, mercados e supermercados em busca do produto mais procurado e consumido nesta época: o peixe. A estimativa do Sindicato dos Atacadistas do Distrito Federal é que as vendas cresçam entre 40% e 50% em relação ao período da Quaresma do ano passado.

Nesta época, a demanda é grande, mas não deve faltar peixes e mariscos. O abastecimento no mercado do DF está garantido tanto pela produção local quanto pela importação de produtos de outros estados e de outros países.

O Distrito Federal produz apenas 2 mil toneladas por ano, o que representa 4% do total de peixe consumido anualmente no DF: 50 mil toneladas, segundo a Emater-DF. O consumo aumenta na Quaresma, principalmente na Semana Santa.

Mercado do DF

Para abastecer o mercado local, o DF conta com 919 piscicultores, que ocupam 81 hectares com a criação de alevinos. Setembro e outubro, quando a temperatura da água sobe, são os meses em que a produção de alevinos é maior. Mas o tempo entre a produção de alevinos e a oferta do peixe na Semana Santa pode durar 10 meses.

Uma das qualidades da produção brasiliense: o peixe pode ser encontrado fresquinho. Isto porque, o mercado consumidor está concentrado num território relativamente pequeno, o que facilita a entrega do peixe nos maiores pontos de comercialização.

Essa concentração comercial compensa as adversidades para se criar peixe no DF, onde faltam rios caudalosos e o período de frio é mais longo, conforme observa a Emater. “A gente apoia os nossos produtores pensando na facilidade de comercialização de um produto com maior qualidade”, ressalta Aécio Prado, técnico da Emater-DF.

Peixes e preços

Além do bacalhau e do salmão, muito consumidos durante o ano todo apesar do preço, os pescados mais procurados na Quaresma são: tilápia, tambaqui, filhote, pescada amarela, robalo, salmão e sardinha. Durante a Semana Santa, devido à demanda, a tendência é o preço aumentar.

Mas alguns fatores podem contribuir para que essas espécies sejam encontradas a preços mais acessíveis. Uma delas é a queda do valor de alguns insumos, como ração. “A melhora no preço para os nossos produtores vai ter reflexo lá no preço de venda”, afirma Prado. “O consumidor poderá perceber um preço mais em conta na hora de comprar seu pescado”.

Os preços variam dependendo do peixe. O quilo pode ir de R$ 20 (filhote) a R$ 150 (badejo) em peixarias do Plano Piloto. Preços mais em conta podem ser encontrados na Feira do Guará. A recomendação é pesquisar e evitar peixes vendidos nas ruas, cuja procedência é desconhecida.

Outra alternativa que agrega o fator diversão à compra e ao consumo de peixe é o pesque-pague. Há mais de 20 desses estabelecimentos em Brasília e em cidades do Entorno. Com o feriadão prolongado, que no DF começa nesta quinta-feira (28), decretado ponto facultativo, pescar e comer o próprio peixe pescado pode ser mais aprazível e mais compensatório do que ir simplesmente enfrentar filas em peixarias de feiras e supermercados.

Com informações da Emater e Sindiatacadista/DF
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