DRONE, NOVO AMIGO DO CERRADO

Joseane, Johnattan e João: tecnologia de baixo custo para todos – Foto: Secti-GO

Escola goiana desenvolve protótipo que ajuda a reflorestar áreas queimadas

Edição AgroDF
30 setembro 2025

O reflorestamento de áreas do Cerrado destruídas por queimadas ganhou um novo aliado: o drone. Professores e técnicos da Escola do Futuro de Goiás (EFG) Sarah Kubitschek, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, desenvolveram um dispositivo de baixo custo que transforma drones em dispersores de sementes para ser usado na regeneração áreas atingidas por incêndios florestais.

Batizado de Beto, o protótipo do drone-semeador da EFG já passou por seis testes bem-sucedidos, alcançando, inclusive, locais de difícil acesso. Ao voar e semear essas áreas mais remotas, o Beto comprovou sua eficiência durante os testes.

Tão bom quanto a eficácia do equipamento é o preço do dispositivo para montar o drone-semeador: apenas R$ 50. A esse custo, o modelo Beto pode ser produzido em larga escola e em todas as regiões do país.

A escolha do nome Beto homenageia o ambientalista José Roberto da Silva, conhecido por plantar árvores voluntariamente em escolas e espaços públicos de Santo Antônio do Descoberto, incluindo a própria Escola do Futuro de Goiás.

Reação às queimadas

O projeto Beto surgiu da necessidade de ampliar o alcance de ações de recuperação ambiental, após os recorrentes incêndios que a cada ano devastam o Cerrado. Em agosto, Goiás ficou em segundo lugar em número de queimadas do país, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O protótipo foi desenvolvido pelo professor de Tecnologia Johnattan Pires Rezende, ex-aluno da escola, em parceria com a técnica de Laboratório Joseane Pereira Barbosa e o coordenador dos Serviços Tecnológicos e Ambientes de Informação (Stai), João Marcos Marques da Silva.

O desafio, segundo João Marcos, foi “criar uma solução acessível, que pode ser replicada em qualquer lugar”, numa demonstração de que a tecnologia pode estar a serviço do meio ambiente e das pessoas. “Queremos que esse protótipo inspire outras iniciativas de reflorestamento pelo Brasil”, ressalta.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), José Frederico Lyra Netto, esse é mais um projeto inovador criado nas Escolas do Futuro de Goiás que pode ter impacto real não apenas no estado, mas em todo o país.

“Nossas escolas ensinam e produzem tecnologia”, resume Lyra Netto. “Temos diversos projetos feitos por professores e alunos com potencial de impacto na sociedade. Este é um deles, mostrando como a tecnologia pode ajudar a criar um ambiente sustentável para os goianos”.

Escolas do Futuro

As Escolas do Futuro de Goiás (EFGs) são unidades públicas voltadas para o ensino profissionalizante e mantidas pelo governo goiano por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). A rede possui seis unidades em Goiânia (2) , Aparecida de Goiânia, Mineiros, Santo Antônio do Descoberto e Valparaíso de Goiás.

Cada escola ocupa cerca de 6 mil m², contando com oito laboratórios de tecnologia e três espaços de inovação. Dispõe ainda de equipamentos, computadores, impressoras 3D, maquinários de corte e impressão, além de um braço robótico, que amplia a formação e experiências dos estudantes. Desde 2021, as escolas são geridas, por meio de convênio, pela Universidade Federal de Goiás.

Com informações da Agência Cora Coralina
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