Bombeiros usam drones para combater e reduzir incêndios florestais
Edição AgroDF
28 setembro 2025
As queimadas devastaram 8.797 hectares do Distrito Federal entre abril e agosto deste ano, quando foram registrados 4.848 casos de incêndios florestais. No ano passado, as queimadas destruíram 22.250 hectares entre abril e novembro, período em que ocorreram 9.005 casos.
Este ano, o número de queimadas tem sido menor do que em 2024, quando a média foi de 970 casos por mês nesse período. Entre 30 de abril e 3 de julho de 2025, o fogo atingiu 988 hectares, enquanto que no mesmo período do ano passado a área queimadas foi de 2.126,76 hectares.
A informação é do Corpo de Bombeiros Militar do DF, que vem realizando a Operação Verde Vivo para combater os incêndios florestais. Na operação, a corporação monitora o território federal com o auxílio de 11 drones. São cinco aparelhos do modelo Mavic 2, que se destaca pelo longo alcance de imagens, e seis do tipo Mavic 3T, que conta com câmera termográfica, sendo o mais indicado para atividades em campo.
“Com o Mavic 3T, conseguimos identificar obstáculos, vítimas em áreas de mata e até definir prioridades no combate às chamas”, explica o tenente Rony Rodrigues da Costa, responsável pela coordenação do uso dos aparelhos. “Já o Mavic 2, mesmo sendo mais antigo, continua sendo útil para investigações a longas distâncias”.
Segurança e eficiência
Os aparelhos são estratégicos para Operação Verde Vivo, realizada anualmente no período de seca, entre abril e novembro. “Os equipamentos são muito úteis no combate a incêndios por permitirem a visualização completa da região afetada e a direção do fogo, trazendo mais eficiência ao trabalho”, ressalta o tenente Costa.

Os drones também contribuem para dar maior segurança e mais agilidade aos bombeiros no combate a incêndios florestais. “O maior ganho é a questão do monitoramento em tempo real, já que é possível antecipar mudanças no comportamento do fogo, prever a direção que pode ser causada pelo vento, por exemplo, e assim ter uma resposta mais rápida e precisa no combate”, enfatiza Costa.
Os equipamentos estão integrados a quatro grupamentos especializados: o de Busca e Salvamento (GBS), Proteção Ambiental (GPRAM), Proteção Civil (GPCIV) e Prevenção e Combate a Incêndio Urbano (GPCIU). Diante da importância dos drones nessas operações, novos aparelhos devem ser adquiridos pelo Corpo de Bombeiros, que já recebeu equipamentos e acessórios da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e da Receita Federal. A corporação aguarda ainda doações de novos drones pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).
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