CAI DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

Em janeiro, o desmatamento caiu 60% em relação ao mesmo mês de 2023 - Foto: Agência Brasil

Mas a área destruída por dia em janeiro é do tamanho de 250 campos de futebol

 21 Fevereiro 2024
Redação do AgroDF

Caiu 60% o desmatamento na Amazônia em janeiro deste ano, segundo relatório de monitoramento do Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgado hoje (21). Foi o décimo mês consecutivo de redução. Em janeiro de 2024, a área derrubada foi de 79 quilômetros quadrados (km²). No mesmo mês de 2023, chegou a 198 km².

Apesar da queda, o desmatamento equivale a mais de 250 campos de futebol por dia e supera a destruição registrada em janeiro de 2016, 2017 e 2018. Pela série histórica, iniciada em 2008, os anos com maior derrubada foram: janeiro de 2015 com 288 km² e janeiro de 2022, com 261 km².

O Imazon monitora a região e cada estado por meio de satélites. As imagens capturadas possibilitam identificar o total da área devastada em toda a Amazônia Legal e em cada um dos nove estados que formam a região: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, Tocantins (Norte), Mato Grosso (Centro-Oeste) e Maranhão (Nordeste).

Roraima destruiu mais

Os estados que registraram menor desmatamento em janeiro, segundo o Imazon, foram: Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Maranhão. Já o campeão de destruição foi Roraima, com 40% da área derrubada na Amazônia Legal, o equivalente a 32 km² do total desmatado. Ainda assim, a área destruída foi menor em relação a janeiro de 2023, quando Roraima derrubou 41 km², registrando queda de 22%.

O desmatamento não poupou unidades de conservação, como terras indígenas. O Pará e o Amazonas concentram o maior número dessas terras entre as 10 mais desmatadas em janeiro, sendo três em cada desses dois estados. Mas das 10 mais destruídas, seis ficam em Roraima, segundo o Imazon.

Brasil longe da meta

O volume de destruição registrado mostra que o Brasil ainda precisa se esforçar mais para alcançar a meta de desmatamento zero até 2030, prometida pelo governo do presidente Lula. Para Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, o país necessita reduzir a emissão de gases de efeito estufa, ampliar a fiscalização ambiental e criar áreas protegidas de floresta se quiser atingir a meta.

Com informações da Agência Brasil
Saiba mais...
Pesquisar
CATEGORIA