OURO VERDE LIMPA A SUJEIRA

A Ouro Verde deve remover todo o lixo até o dia 15 de setembro – Foto: Semad

Empresa retirou 20% da montanha de lixo que desabou em padre Bernardo

Edição AgroDF
8 agosto 2025

 A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) informou nesta sexta-feira (8) que, em 18 dias de operações, foram retirados 20% da montanha de lixo que desabou sobre o córrego Santa Bárbara, em Padre Bernardo, no aterro sanitário da empresa Ouro Verde.

A Semad calcula que 42 mil metros cúbicos de lixo foram despejados no córrego com o desmoronamento. Ainda restam retirar 33.600 metros cúbicos. Em média, estão sendo retirados por dia 2,3 mil metros cúbicos de lixo. Para isso, nesse período de operações, foram realizadas 560 viagens de caminhões, que levaram o lixo retirado para outro espaço pertencente à Ouro Verde. Ali é feito o processo de impermeabilização. Metade desse serviço já foi concluído, segundo a Semad.

Desastre ambiental

O desastre ambiental ocorreu no dia 18 de junho. Somente no dia 11 de julho, a Ouro Verde assinou o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), pelo qual a empresa se comprometeu a adotar diversos procedimentos para retirar os detritos.

O TAC estabelece que a remoção do lixo seja finalizada até o dia 15 de setembro, antes do início do período chuvoso. Mantido o atual ritmo, a meta será cumprida, conforme o gerente da área de emergências ambientais da Semad, Sayro Reis.

A empresa, segundo ele, vem cumprindo todos os compromissos assumidos no TAC. Um dele é a abertura de uma sexta lagoa para receber o chorume – matéria orgânica altamente poluente, proveniente do lixão que desmoronou.  Essa lagoa está sendo aberta dentro do terreno da Ouro Verde. Ela vai diminuir a sobrecarga e permitir que sejam feitos reparos nas outras cinco lagos existentes. Após a escavação, a lagoa será impermeabilizada para receber o chorume.

Poluição da água

As análises feitas por laboratório contratado pela Ouro Verde confirmam o que ambientalistas já apontavam:  as águas do córrego Santa Bárbara estão altamente contaminadas. O índice de contaminação por benzeno, por exemplo, foi de 7 miligramas por litro, quando o limite aceito pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) é de, no máximo, 0,005 mg/L.

Os níveis de manganês encontrados também não atenderam ao padrão de qualidade do Conama. As coletas apontaram índices de contaminação que variaram de 0,631 a 2,098, bem acima do valor máximo permitido: 0,1 mg/L. Ficaram ainda fora dos padrões outros elementos químicos e coliformes fecais apresentados nas amostras realizadas entre 26 de junho e 3 de julho.

A Semad informou que continua, com equipe própria, fazendo análises da água do córrego Santa Bárbara. Os resultados das amostras coletadas no dia 1º de agosto também apresentaram níveis acima do permitido pelo Conama. Já no Rio do Sal, corpo d’água em que o córrego Santa Bárbara deságua, os resultados ficaram dentro dos limites do Conama para os parâmetros analisados.

Com informações da Agência Cora Coralina
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