A manga é a mais vendida para o exterior, sendo destaque no Dia Mundial da Fruta
Redação AgroDF
1º julho 2025
O Brasil exportou em 2024 mais de um milhão de toneladas de frutas frescas e preparadas, gerando um saldo de US$ 1,38 bilhão para a fruticultura brasileira. As exportações ultrapassaram o volume histórico de 2023, quando o país exportou US$ 1,35 bilhão, registrando crescimento de 24,5% em relação a 2022, segundo divulgou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) neste primeiro de julho, quando se comemora o Dia Mundial da Fruta.
Até maio de 2025, conforme o Mapa, foram exportados mais de US$ 80 milhões em 73,6 mil toneladas de frutas. A União Europeia permanece como o principal destino e a região brasileira que mais vende para exterior é o Nordeste, sendo Pernambuco e Bahia os principais exportadores.
A fruta mais vendida para o exterior é a manga, com o total de US$ 350 milhões exportados em 2024. Os principais mercados são a União Europeia, Reino Unidos e Estados Unidos.
O Brasil também exporta outras frutas como uva, limão, lima e laranja, além de preparações e conservas de frutas. Em contrapartida, importa frutas como maçãs, peras e kiwis. Mas o clima temperado no Brasil, principalmente nas regiões Sudeste e Sul, vem contribuindo para o crescimento produção brasileira de “frutas estrangeiras”, como uva, pera, maçã, pêssego e mirtilo, segundo a Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Frutas do Cerrado
A região Centro-Oeste possui uma produção frutífera diversificada, com destaque para a melancia, banana, abacaxi, laranja e frutas do cerrado, como pequi, mangaba e baru. Goiás se destaca na produção de frutas, com atenção especial à melancia, abacaxi, manga e maracujá.
No Distrito Federal, a fruticultura também tem um papel importante, com tecnologias como a irrigação e poda contínua que garantem uma produção quase o ano inteiro.
As espécies de frutas típicas do Cerrado são: abacaxi-do-cerrado, araçá, araticum, baru, buriti, cagaita, cajus do Cerrado, coquinho-azedo, gabiroba, jatobá-do-Cerrado, jenipapo, mangaba, maracujá-do-Cerrado, murici, pequi e pera-do-Cerrado.
Ambientalistas alertam que, diante do avanço das grandes plantações de grãos, principalmente de soja, essas frutas estão cada vez mais escassas, o que provoca não só o desiquilíbrio na natureza – já que muitas espécies animais se alimentam delas – como atinge o mercado de produtos derivados desses alimentos.