SOCORRO AO AGRO E À INDÚSTRIA

Um dos principais produtos das exportações do Brasil, o café foi atingido pelo tarifaço - Foto: EBC

Brasil prepara medidas para ajudar setores atingidos pelo tarifaço de Trump

 Redação AgroDF
31 julho 2025

O Ministério da Fazenda deve anunciar ainda no início de agosto as medidas a serem adotadas para socorrer setores do agronegócio e da indústria que foram atingidos pelo tarifaço decretado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atingirá 36% das exportações brasileiras para o mercado norte-americano. O tarifaço entra em vigor no dia 6 de agosto.

A informação foi dada nesta quinta-feira (31) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após comunicar que a pasta foi procurada pela Secretaria de Tesouro dos Estados Unidos para agendar reunião visando discutir o tarifaço. O encontro ainda não tem data marcada. “Haverá agora uma rodada de negociações e vamos levar às autoridades americanas nosso ponto de vista”, disse o ministro.

Haddad salientou que esse encontro é apenas o ponto de partida para as negociações, que agora se apresentam mais favoráveis ao Brasil.  “Nós estamos em um ponto de partida mais favorável do que se imaginava, mas longe do ponto de chegada”, afirmou Haddad. “Há muita injustiça nas medidas que foram anunciadas”.

Em defesa dos menores

O decreto de Trump deixou de fora do tarifaço 695 produtos brasileiros. A preocupação do Governo Lula, agora, é socorrer os setores taxados, abrindo linhas especiais de crédito, dando incentivo fiscais às empresas e ajustando o programa de proteção a empregos na indústria e no agronegócio.

A ajuda, segundo Haddad, atenderá especialmente os setores menores e mais frágeis. “Tem setores que, na pauta de exportação, não são significativos, mas o efeito sobre eles é muito grande”, declarou. “Às vezes, o setor é pequeno, mas é importante para o Brasil manter os empregos”, declarou o ministro, ressaltando que os atos estão sendo preparados na Fazenda e que em breve serão enviados para a Casa Civil.

Em defesa do Supremo

O ministro destacou que está fora da mesa de negociações pautas do Governo Trump que tentem interferir no julgamento dos envolvidos no golpe de estado de 8 de janeiro. O processo tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como personagem central o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No decreto do tarifaço, o governo americano, buscando justificar a medida, alegou que “a perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado pelo Governo do Brasil contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores, são graves violações dos direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil”.

Haddad ressaltou que, no Brasil, o Judiciário e o Executivo são poderes independentes. Declarou ainda que “a perseguição ao ministro da Suprema Corte [Alexandre de Moraes] não é o caminho de aproximação entre os dois países”.

 Com informações da Agência Brasil
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