PREFEITOS ABRAÇAM A LUTA

Os prefeitos assumiram compromissos com as metas a serfem traçadas pela COP - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Gestores apresentam carta em defesa do cumprimento das metas climáticas

Edição AgroDF
5 novembro 2025

Apoio ao cumprimento das metas climáticas nacionais e defesa de projetos que preservem o meio ambiente. Este foi o compromisso assumido por prefeitos de cidades de 20 países na Declaração dos Líderes Locais à COP30, carta apresentada ao final do Fórum de Líderes Locais da COP30, realizado desde na segunda-feira (3) no Rio de Janeiro. O evento antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, realizada ao longo deste mês, em Belém.

Diz um trecho do documento: “Juntos, estamos comprometidos em tornar a vida das pessoas mais digna e sustentável, construindo comunidades mais resilientes, ampliando o acesso à energia renovável, promovendo a eficiência energética, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa, impulsionando soluções baseadas na natureza e protegendo as florestas, a biodiversidade e os recursos hídricos”.

Além da declaração, os prefeitos apresentaram mais de 2,5 mil projetos locais transformadores para mitigação e adaptação das cidades às mudanças climáticas.Na declaração, as lideranças assumiram três compromissos:

  • Apoiar os países no cumprimento de suas metas climáticas nacionais, atuando como parceiros na implementação e promovendo uma transição justa e resiliente;
  • Garantir um portfólio robusto de mais de 2,5 mil projetos locais transformadores e financiáveis, ajudando a territorializar e canalizar o financiamento climático tanto para mitigação quanto para adaptação; e
  • Avançar na ação e colaboração multinível para que o processo da COP se torne um espaço de implementação e responsabilização.
Os prefeitos representando 20 países de mais de 2,5 mil projetos em defesa do meio ambiente – Foto: Divulgação

Solução passa pelas cidades

As lideranças defendem que a solução do tema do clima passa pelas cidades, uma vez que 80% das emissões globais vêm de cidades e são os centros urbanos que abrigam a maior parte da população. No Brasil, 82% vivem em cidades.

“Os líderes locais desempenham um papel essencial na nova arquitetura global de financiamento climático. Eles têm poder para regular, planejar, tributar, mobilizar capital e sinalizar mercados – atualmente, 44% de todos os instrumentos consolidados de precificação de carbono no mundo são implementados em nível subnacional”, diz ainda a carta.

As lideranças e organizações signatárias da carta representam mais de 14 mil cidades, municípios, estados, províncias e governos regionais. Além do Brasil, estão representados na carta Filipinas, Serra Leoa, Reino Unido, Austrália, Suécia, África do Sul, Peru, Romênia, Canadá, Ucrânia, Japão, França, Alemanha, Marrocos, Itália, República da Coreia, México, Argentina e Estados Unidos.

COP na Amazônia

O prefeito de Belém, Igor Normando, que participou de painel no evento, ressaltou a importância dos municípios, afirmando que “muitas das vezes, as cidades são as últimas a serem olhadas”.

“Primeiro se fala com o chefe de Estado, com o governador e depois se fala com a cidade. E é na cidade que a vida acontece. Se queremos preservar vidas, se queremos uma melhor qualidade de vida, temos que dialogar com aqueles que vivem nas cidades”, defendeu.

Normando enfatizou também a importância da COP estar sendo realizada em Belém. “Talvez seja a primeira vez que uma cidade da Amazônia esteja sendo protagonista das discussões que dizem respeito a ela mesma. Durante muitos anos, a Amazônia ajudou o planeta a respirar. A Amazônia, agora, faz um apelo ao mundo para que nos ajude a viver”, ressaltou.

“Na Amazônia têm pessoas, têm trabalhadores, povos ancestrais, que muitas vezes foram largados à própria sorte, inclusive pela comunidade internacional. Hoje é uma grande satisfação estar participando efetivamente dessa discussão”, acrescentou.

Com informações da Agência Brasil
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