PACOTAÇO CONTRA O TARIFAÇO

O plano deve oferecer crédito especial para produtores e exportadores de frutas - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Lula anuncia terça-feira plano de socorro às empresas brasileiras

Edição AgroDF
11 agosto 2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar nesta terça-feira (12) o plano de contingência para socorrer os setores da economia afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano. Os arranjos finais do plano serão discutidos ainda nesta segunda-feira (11) por Lula e pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que lidera as negociações com as autoridades dos EUA e com os empresários brasileiros.

O Governo Lula vem estudando os efeitos do tarifaço do presidente Donald Trump sobre cada setor da economia, baseado no grau de exportações para os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, as autoridades brasileiras buscam alternativas para socorrer os setores mais atingidos. Entre eles, estão os pequenos produtores, que não têm mais como exportar para os EUA. Esses e outros segmentos mais impactados devem ser socorridos com linhas de crédito especiais. Outra medida a ser adotada é o aumento das compras governamentais, especialmente de frutas tropicais.

Lista de exceções

Além do socorro aos exportadores, o governo trabalha para ampliar a lista dos segmentos que não foram atingidos pelo tarifaço de Trump. São cerca de 700 produtos brasileiros não afetados e que  continuam a pagar tarifa de 10% sobre as mercadorias que exportamEntre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes. O governo atua para incluir nessa lista a carne bovina, o café e a madeira.

O tarifaço de Trump entrou em vigor no dia 6 de agosto, afetando 35,9% das mercadorias que o Brasil vende para os EUA, o que representa 4% das exportações brasileiras. A taxação, segundo analistas, não tem sustentação econômica. É considera uma retaliação política de Trump em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que vem sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de comandar tentativa de golpe de Estado.

Com informações da Agência Brasil
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