LULA ATACA AS GUERRAS

Lula ao abrir a COP 30: defesa dos acordos climáticos e ataques aos negacionistas - Foto: Bruno Peres/Agência Brasi

Presidente diz que é mais barato resolver os problemas climáticos do planeta

 Edição AgroDF
10 novembro 2025

“Se os homens que fazem guerra estivessem aqui nesta COP, eles iriam perceber que é muito mais barato colocar US$ 1,3 trilhão para acabar com o problema climático do que colocar US$ 2,7 trilhões para fazer guerra como fizeram no ano passado”.  Este foi o recado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao discursar, nesta segunda-feira (10), na abertura oficial da  na abertura oficial da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), em Belém do Pará.

Sem citar nomes, a mensagem de Lula tinha endereço certo: o Governo dos Estados Unidos, cujo presidente Ronald Trump não veio participar da COP, não mandou representantes e mantém um discurso negacionista em relação às mudanças climáticas.

Ao defender a realização da COP em Belém, a primeira realizada na Amazônia, Lula considerou que a conferência é uma “proeza” para o Governo do Pará, estado que enfrenta diversos problemas sociais e ambientais. Disse o presidente:

 “Fazer a COP aqui é um desafio tão grande quanto acabar com a poluição do planeta terra. Seria mais fácil fazer a COP em uma cidade que não tivesse problema, mas a gente resolveu aceitar fazer a COP em um estado da Amazônia, para provar quando se tem disposição e compromisso com a verdade, a gente prova que não tem nada impossível, o impossível é não ter coragem para enfrentar desafios”.

Derrota aos negacionistas

Lula também atacou a propagação de informação falsas pelas redes sociais, defendeu o Acordo de Paris e voltou a atacar os que rejeitam a ciência. Afirmou Lula:

“Na era da desinformação, os obscurantistas rejeitam não só as evidências da ciência, mas também os progressos do multilateralismo. Eles controlam algoritmos, semeiam o ódio e espalham o medo. Atacam as instituições, a ciência e as universidades. É momento de impor uma nova derrota aos negacionistas. Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria fadado a um aquecimento catastrófico de quase cinco graus até o fim do século. Estamos andando na direção certa, mas na velocidade errada”.

O presidente brasileiro pediu ainda que os líderes acelerem as ações necessárias para conter o aumento da temperatura do planeta, voltou a defender um mapa do caminho para superar a dependência dos combustíveis fósseis – que causam 75% do aquecimento global -, e sugeriu a criação de um conselho mundial sobre o tema. Declarou o presidente:

“Avançar requer uma governança global mais robusta, capaz de assegurar que palavras se traduzam em ações. A proposta de criação de um Conselho do Clima, vinculado à Assembleia Geral da ONU, é uma forma de dar a esse desafio a estatura política que ele merece”.

 

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