DISQUE-CERRADO COMEÇA PELO TORORÓ

O plantio da primeira árvore no Tororó: bairro vai receber 10 mil mudas - Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Bairro do Jardim Botânico recebe primeiras mudas do projeto de recuperação de áreas degradadas

 Edição AgroDF
28 outubro 2025

 O plantio de uma muda da árvore pimenta-de-macaco marcou nesta terça-feira (28) a implantação do projeto Disque-Cerrado no Condomínio Mônaco, no Setor Habitacional Tororó, na região administrativa do Jardim Botânico (DF). O objeto do programa é reflorestar áreas desmatadas pela ocupação urbana, como ocorre no Jardim Botânico, cidade caracterizada pelo grande número de condomínios residenciais.

No Tororó, a meta do projeto é plantar 10 mil mudas de espécies nativas do Cerrado. Ali, numa área de 785 hectares, o Governo do Distrito Federal planeja implantar um novo setor habitacional: o Centro Urbano Tororó, projetado para abrigar até 117 mil habitantes – população maior do que a de 5,3 mil municípios brasileiros. A implantação do bairro implicará na devastação da vegetação nativa. As ações do Disque-Cerrado podem minimizar os efeitos da ocupação urbana no Tororó.

A experiência do projeto no Jardim Botânico será replicada em outras cidades para levar arborização, recompor com espécies nativas a vegetação e promover a conscientização sobre a importância do Cerrado, bioma essencial para garantir água e preservar a fauna e a flora do Planalto Central.

Parceria com a sociedade

O projeto busca envolver os moradores, que podem se tornar parceiros do Disque-Cerrado. Para isso, basta solicitar as mudas após preencher um formulário disponibilizado pela internet e aguardar o agendamento. Uma equipe técnica irá até o local, fará o plantio das espécies e orientará sobre os cuidados a serem tomados para que a árvores se desenvolvam. O serviço é gratuito e realizado de acordo com a demanda de cada região.

O Disque-Cerrado é resultado de parceria entre o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o Projeto Ação Oikos, que funciona no Centro de Práticas Sustentáveis (CPS) do bairro Jardins Mangueiral, no Jardim Botânico, onde está localizado o viveiro das mudas nativas destinadas ao reflorestamento.

O presidente do Ibram, Rôney Nemer, comemorou o plantio da primeira muda. “Hoje estamos tirando esse plano do papel”, destacou Nemer. “A ideia é desenvolver o espírito de preservação e reflorestamento. Cada árvore adulta pode resgatar até 25 quilos de gás carbônico por ano, ajudando a equilibrar o clima e a melhorar a qualidade de vida da população”.

A moradora Rose Marques, presidente do Movimento Comunitário Jardim Botânico e criadora da Ação Oikos, o projeto é um exemplo das conquistas que podem ser obtidas com a parceria entre a sociedade civil e o governo.

“O movimento atua como elo entre os moradores e o Estado”, explica Rose. “O Brasília Ambiental tem sido um grande parceiro, porque sem o envolvimento do cidadão, o governo sozinho não consegue preservar o meio ambiente. A união é o que garante resultados duradouros”.

Denize Rosana Jalovitzki mora no Condomínio Mônaco. Ao acompanhar o plantio da primeira muda, ela contou que a adesão ao projeto começou após os próprios moradores se mostrarem insatisfeitos com o desmatamento da área verde do condomínio.

“Nós vimos a degradação da área e resolvemos agir”, conta Denize. “Criamos uma comissão, buscamos apoio da administração e, quando surgiu o Disque-Cerrado, fizemos a solicitação. A ideia é iniciar o reflorestamento por uma área mais degradada e seguir expandindo”.

SERVIÇO DISQUE-CERRADO

Contatos: (61) 3427-3038 / (61) 99433-8517.
Site: www.mcjb.org.br/acao-oikos 
E – mail: contato@mcjb.org.br
Instagram: @movimentojb

 

Com informações do Ibram
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