CAI DESMATAMENTO NO DF

O resultado é atribuído ao sistema que integra 14 órgãos do GDF no combate a incêndios – Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Área desmatada caiu de 638 hectares em 2023 para apenas 31 hectares em 2024

Edição AgroDF
20 junho 2024

A área desmatada no Distrito Federal caiu de 638 hectares em 2023 para apenas 31 hectares em 2024, registrando histórica redução de 95,1%, sendo a maior queda proporcional entre todas as unidades federativas do país. Os dados estão no Relatório Anual de Desmatamento (RAD 2024), elaborado pela MapBiomas.

O Governo do Distrito Federal atribui o resultado à implantação do Sistema Distrital de Informações Ambientais (Sisdia), que foi fortalecido com a entrada em operação do novo Módulo de Monitoramento e Controle. A ferramenta integra, em tempo quase real, alertas de desmatamento, focos de calor e imagens de satélite, permitindo que órgãos ambientais, forças de segurança e a Defesa Civil atuem de forma coordenada — desde o envio de equipes de campo até a lavratura de autos de infração e o acompanhamento da regeneração das áreas afetadas.

“Essa redução histórica no desmatamento do Cerrado é uma demonstração clara de que a integração entre tecnologia, planejamento estratégico e ação de campo dá resultado”, afirmou a vice-governadora do DF, Celina Leão. O GDF, segundo Celina, está mostrando que é possível proteger o meio ambiente com inteligência, rapidez e colaboração entre os órgãos.” Esse é um compromisso da nossa gestão: cuidar do nosso território e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações”, ressaltou.

Ação integrada

O Sisdia conecta 14 órgãos do GDF e registra mais de 6 mil acessos mensais. O módulo cruza informações como limites de unidades de conservação, cadastros rurais, cicatrizes de queimadas e imagens de alta resolução do programa Brasil Mais Imagens. Esse cruzamento reforça o monitoramento territorial e tem sido fundamental no apoio às ações de fiscalização, que são prioridade do Comitê de Governança de Controle da Grilagem.

Outro avanço importante foi a integração automática dos laudos validados do MapBiomas Alerta à base de dados do Sisdia. Isso permite que as equipes de fiscalização tenham acesso imediato a informações qualificadas sobre cada alerta de desmatamento, com painéis analíticos que ajudam a priorizar as vistorias e a emitir autos de infração no mesmo dia em que o alerta é publicado, reduzindo drasticamente o tempo de resposta do Estado.

Focos de calor

Além de monitorar o desmatamento, o sistema acompanha os focos de calor. Entre 1º de janeiro e 15 de julho de 2024, o DF registrou um aumento de 94% nos focos de calor em comparação com o mesmo período de 2023, passando de 39 para 76 registros. Essa informação tem sido essencial para a mobilização rápida de brigadistas e a atuação das salas de situação na prevenção de incêndios florestais.

“Investimos para que a inteligência geográfica seja a espinha dorsal da fiscalização ambiental”, declarou o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes. “Entre a modernização de licenças, os serviços avançados de geoprocessamento e o novo módulo de controle, já aplicamos R$ 2 milhões na plataforma, integrando dados estratégicos como os laudos do MapBiomas, os focos de calor do INPE e os alertas do Brasil Mais. O retorno vem em agilidade, transparência e menor pressão sobre o nosso Cerrado”.

O projeto agora avança para uma nova fase. As equipes da Sema-DF, Brasília Ambiental, DF-Legal, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Secretaria de Segurança Pública estão aperfeiçoando regras de disparo de alertas, trilhas de auditoria e protocolos de resposta rápida.

A meta para 2025 é ampliar ainda mais a efetividade das ações de combate ao desmatamento, prevenção e controle de incêndios florestais e a proteção das áreas especialmente preservadas, evitando o avanço desordenado sobre o território do Cerrado no DF.

Com informações da Agência Brasília
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