Países de diversos continentes querem comprar, além de carne bovina e grãos, produtos como sementes, farinhas e comida para pets
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou relatório informando que, entre janeiro e agosto deste ano, foram criados 37 novos mercados em diversos continentes para a exportação de produtos do agronegócio brasileiro. Na pauta das exportações não estão apenas produtos tradicionais dos quais o Brasil é grande exportador, como grãos. Estão também sementes, ração, fibras e animais vivos. Entre os novos mercados estão a Polinésia Francesa (Oceania), Indonésia (Ásia), Argélia e Egito (África).
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, atribui a conquista desses mercados à política de diversificação da pauta de produtos brasileiros vendidos a outros países. A conquista, segundo ele, é também resultado do cumprimento de normas sanitárias, fitossanitárias e veterinárias adotadas pelo Brasil e aprovadas pelos países importadores.
A adoção e a aprovação das medidas facilitaram a exportação de produtos cujo interesse era pouco conhecido. Vanatu (Oceania), por exemplo, quer importar carnes esterilizadas e miúdos de ave, enquanto a República Dominicana (Caribe) deseja adquirir carnes e miúdos bovinos e suínos. Já a Arábia Saudita (Ásia) tem interesse em importar carnes de caprinos e a África do Sul pretende comprar alimentos para cães e gatos.
O Ministério da Agricultura esclarece que a abertura de mercados não significa o embarque imediato dos produtos. Antes, segundo o Mapa, é preciso preparar produtores e exportadores brasileiros para atender “às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção e de divulgação comercial”, conforme matéria sobre o tema publicada no site do Mapa.